1-) A família estava viajando de ônibus. Ia visitar o Zoológico. A expectativa das crianças era evidente. Enquanto o pai respondia as intermináveis perguntas do filho mais velho e a mãe atendia as necessidades da criança de colo, a menina de três anos de idade assistia a cidade através da janela da condução. De repente ela saiu de seu lugar e, dirigindo-se até seu pai, perguntou:
- Pai, o que é aquilo que eu vi lá fora?
2-) O avô estava absorto em seu trabalho. O serviço, que calculara poderia terminar em cerca de seis horas, já lhe tomara oito horas e indicava que não terminaria tão cedo. O neto de cinco anos, que comumente o acompanhava nos trabalhos que fazia nos fins de semana, tentava ajudar o avô. Evidentemente ele só conseguia atrapalhar. Com uma paciência que lhe era peculiar, o avô vigiava o neto enquanto trabalhava. Em um determinado momento aconteceu este diálogo:
- Não mexe nesta ferramenta que é perigoso.
- Eu tomo cuidado.
- Eu já falei pra você não mexer com esta ferramenta.
- Então eu não vou mais trabalhar com o senhor.
- Também não é por ai!
- Então é por onde, vovô?
3-) O tio tentava consertar o ferro elétrico que estava encostado havia muito tempo. a sobrinha de cinco anos acompanhava a tentativa, sentada em uma poltrona. O rádio executava uma canção do Roberto Carlos que dizia, em parte:
“Um jeito no cabelo, colocando,
Seu perfume preferido,
Diante do espelho, aquilo tudo,
Ela esconde num vestido...”
A sobrinha olhou para o tio e perguntou:
- Ela era gorda?
4-) A família assistia ao telejornal. Uma notícia mostrou o prefeito sendo entrevistado. O pai, que era funcionário público municipal, aproveitou a chance:
- Estão vendo aquele senhor falando ao microfone?
- Sim, respondeu o caçula de quatro anos!
- Ele é o meu chefe.
- Ele é bom?
- É nada!
- Por que?
- Porque ele é o responsável por eu ganhar tão pouco.
- Por que?
- Porque ele é um pão-duro!
- E se ele fosse pão-mole?
Roberto Policiano