Roberto Policiano

18 de dez. de 2012

Balada da felicidade

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 


Roda de amigos

Sem terem pressa

Junto comigo;

Ver os parentes

Numa conversa

Rindo contentes,

São, na verdade,

Felicidades.

 

Jantar a mesa,

Uma bebida,

A sobremesa;

Uma canção

Que nos reviva

Uma emoção,

São, na verdade,

Felicidades.

 

Campos em flores,

Poder do mar,

Mundo de cores;

E, finalmente,

Poder amar,

O amor dar gente,

São, na verdade,

Felicidades.

 

Felicidade

Não tem idade

E nem tem hora.

Que tal agora?
 
 
 
Roberto Policiano
 
Caro(a)s leitore(a)s: Estarei em férias até 06 de janeiro. Próxima postagem prevista 07/01/2013.
Em 2013 os textos postados serão inéditos. Até lá! Abraços a todos.
Roberto Policiano

10 de dez. de 2012

Decisão


 
Hoje será diferente

Não terei nenhuma pressa

E, para ser coerente,

Só farei o que me interessa.

 

 Ficarei nesta varanda

Conversando com amigos

Vendo como a vida anda

Com eles, com outros, comigo.

 

Falando da natureza

Da fúria dos furacões

Da mudança da maré.



Tamborilando na mesa

Rememorando canções

Bebericando café.
 
 
Roberto Policiano

4 de dez. de 2012

Ponto de vista



Anacleto está eufórico. Não cabe em si de tanto contentamento. Precisa extravasar a emoção e, ao encontrar um ouvido atento, comenta com entusiasmo o excelente final de semana que tivera a felicidade de usufruir ao participar de uma pequena viagem planejada por uma agência de turismo. Confessou que não era sua intenção passear, mas, para apoiar sua prima, novata na agência de viagem, comprou o pacote. Nada poderia ter sido melhor! O contato com a natureza, experimentar novos pratos e novos temperos, apreciar uma estância que até então não conhecia, o convívio com novas pessoas, o aconchego do local que, embora modesto, foi muito agradável. Caminhadas, novidades, amizades, enfim, foram tantos os retornos que valeu cada centavo aplicado no empreendimento.
A mesma sorte não teve Braulino, que mora no lado oposto da cidade. Chegou ao local do trabalho emburrado, com um cara deste tamanho e um péssimo humor. Reclamou do horrível fim de semana que tivera e amaldiçoou o momento que decidira participar da excursão que o levou a uma espelunca de hotelzinho miserável. O calor insuportável, a má qualidade dos serviços, o despreparo dos serviçais, a comida sem graça, a falta de imaginação dos organizadores, foram alguns dos temas abordados por ele àqueles que suportaram ouvir tantos descalabros. Esbravejou, praguejou, xingou, blasfemou, ou seja, despejou todo seu ódio pelo insuportável e mesquinho fim de semana que tivera. Fez questão de fornecer o nome da agência de viagem e o local onde estivera para que nenhum de seus amigos tivesse o desprazer de cair na mesma cilada que ele caíra.
O mais difícil de acreditar nestes relatos é que o Anacleto e o Braulino participaram do mesmo evento turístico!
 
Roberto Policiano