Roberto Policiano

23 de ago. de 2006

História Geral


Meia noite. No dia seguinte enfrentaria uma prova de história. Na última prova não fora tão bem, portanto, era imprescindível tirar uma boa nota. Separou os livros, arrumou a mesa, fez um café bem forte, colocou-o na garrafa térmica. Antes de começar a leitura, tomou uma xícara bem cheia da bebida.Iniciou os estudos. Cinco minutos depois deu o primeiro bocejo. Dez minutos e seus olhos pesavam. Foi até o banheiro e lavou o rosto com água fria. Isso o manteve acordado por extensivos cinco minutos! Cambaleava. Tomou outra xícara de café. Reiniciou a leitura: No tempo do obscurantismo os senhores feudais zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz rã... rã... contratavam trabalhadores para cuidarem das terra. Os que eles produziam deviam ser zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz rooooonc! Acordou com o próprio ronco. Lavou o rosto novamente. Caminhou um pouco. Voltou aos livros. Foi assim a noite inteira.No dia seguinte, ainda dormindo, foi para a escola. Deveria dissertar sobre o tema que estudara. Depois de refletir por alguns momentos escreveu:Em l625 AEC, Napoleão Bonaparte, auxiliado por Che Guevara e Ciro, o Grande, atravessou o deserto do Saara comandando um enorme exército para enfrentar Mikhail Gorbatchov no vale da Perestroika. Foi uma batalha sangrenta, por isso chamada “Guerra dos cem anos”. Não fosse a intervenção do Hugo Chaves, a carnificina seria maior. Enquanto isso, Portugal enviava uma esquadra liderada por Pedro Vaz de Camões que, alegando tentar um novo caminho para o Egito, deveria passar pela Venezuela e abafar uma revolta republicana encabeçada pelo liberal Saddam Hussein. A Inglaterra, que no momento tentava conter suas quarenta e sete colônias, que, descontente com a desvalorização do dólar, ameaçavam criar a URSS, não interferiu no intento hispânico. Já Salazar, um herói Argentino, liderou a inconfidência mineira sendo, por isso, levado à guilhotina. Calígula, inimigo declarado de George W. Bush, rei da Grécia, uniu-se a Mao Tsé-tung e, numa manobra fantástica, conquistou o canal da mancha e o Triângulo das Bermudas. E, Winston Churchil, na intenção de livrar o Brasil do jugo Italiano, aceitou o conselho do José Saramago e, à margem do rio Sena, desembainhou sua escopeta e gritou:“To be or not to be – that is the question!”

Roberto Policiano

2 Comments:

At 5:51 PM, Anonymous Anônimo said...

Admiro sua versatilidade ao passar do verso à prosa, do amor ao humor.Parabéns e obrigado por dividir conosco sua riqueza intelectual.

 
At 5:53 PM, Blogger Roberto Policiano said...

Obrigado Cecília. Seu comentário é um incentivo para que eu continue com o blog. Obrigado por suas visitas e comentários regulares. Um grande abraço.

 

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