Roberto Policiano

17 de jun. de 2008

Reunião




Quando contei ao meu povo a idéia de fazer uma coisa especial para comemorar o centésimo texto postado neste blog, todos ficaram entusiasmado. Povo? Que povo? Você pode perguntar. Os personagens que desfilaram através das crônicas ou dos poemas neste espaço. Quem mais vibrou com a idéia foi a Prima Cotinha. Sua primeira preocupação foi providenciar para que todos os presentes sejam bem atendidos. Seria possível? Qual a probabilidade disso realmente acontecer? Oras, às favas com a probabilidade, vamos tentar! Sabia de antemão que alguns não viriam. Por exemplo, o Tio Lalá, por não estar mais conosco, não comparecerá. A Zezé também não, pois ainda não a encontrei. O Pai, como o tio Lalá, está impedido de vir. O Aldair desapareceu da vila. Deve estar contanto suas vantagens em outros bairros, afinal ele não quer dar a impressão de ser um João Ninguém. O Homem feliz será difícil de ser achado, pois foi visto num trem e, desde então, nunca mais foi encontrado. Quem já confirmaram presença foram: Tiquico, Tio Militão, Leleco, O novato e o Marcão. A vizinha da frente não vem, pois mudou primeiro por se sentir vigiada, não sei por quem. Como o Tio Militão Sabe Das Coisas, garantiu que levará A Vaca Bonanza e mostrará a todos como se ordenha uma vaca de tal modo a tirar até a última gota de leite sem incomodar o animal. Se o pessoal tiver Sorte saborearão um prato especial feito, como diria o cumpade Bebeto, de Mio Cum Fejão. Alguns vêm de longe, portanto, farão a Travessia dessa Cidade Grande no Suburbano. Outros, vindo de mais longe ainda, atravessarão Cidades para chegar ao local da reunião. Meu maior temor é o Tio Militão, com aquele seu Papo Cabeça, encontrar um ouvido indisposto. Se isso acontecer será um desastre anunciado. Portanto, é melhor já ir pensando num Plano B para sair desse Sufoco. Bem, como estou Sem tempo a perder, e como esse é o tempo certo, é melhor ir preparando essa reunião, que nada mais será do que uma pequena fábula, com esses personagens. Desde a infância desse blog pensei na idéia de escrever uma história geral, envolvendo esses meu amigos, que, apesar de imaginários, tenho por eles uma grande amizade. Pode até parecer inacreditável isso, mas às vezes eles me fazem falta. Assim, tomo a liberdade de, como que uma ressurreição coletiva, trazê-los de volta para matar a saudade. Estar lado a lado deles me deixa sem palavras, mas, não tem problema, tudo é uma questão de verbo. Minha esperança é que essa aparição de súbito, não seja uma despedida, pois pretendo continuar compartilhando emoções que, mesmo com toda a simplicidade desse espaço, sirva para fugir da rotina, Pois, em Contraste com a indiferença tão comum nessa nosso planeta terra, onde a crueldade é uma constante, o que pode ser sentindo por exemplo, com o que estão fazendo com os idosos e com as crianças, e abandono x castelo ainda é uma realidade, e, ao lado de uma feliz cidade observa-se, noutra cidade qualquer, lixos & lixos amontoados, gerando descrença de que alguém tome uma atitude a favor de todos e não de apenas alguns privilegiados, podemos, através da poesia, pois acho que sou um poeta, olhar algumas fotografias das emoções, como costumo dizer e, quem sabe, ter um pouco de felicidade. Quem sou eu para fazer isso? Para falar a verdade, nem eu mesmo sei responder isso. Também vivo à procura do Eu, e, creia-me, depois desse negócio de História da Psicologia em que fui me meter, há sempre uma intriga interna que eu tenho que freqüentemente, apaziguar. Portanto minha resolução é, sempre que possível, esquecer a realidade tão cruel e viajar num encontro fortuito, através de poesias e textos, mesmo que sejam classificados como não muito requintados. Que esse seja, mesmo que modesto, meu legado a todos. Eu sei que nem sempre é possível estar Drumondiando, mas sempre é possível filosofar em como se faz poesia! Assim, venha comigo nessa viagem, mas venha sem mágoas. Vamos fazer, mesmo que seja uma homenagem ao memorando, ou, quem sabe, discutir sobre o milagre da vida. Eu preciso, tu precisa, precisamo-nos. Vamos esquecer essa saga masculina ou feminina e suprir nossa carência de emoções. Então, venha para essa reunião, Vamos falar de coisas alegres, relembrar os encontros com o mar, e, como que vivendo o melhor momento, nossa feliz idade, no ápice de nossas vidas, cantaremos a balada da felicidade. Riremos com o poema Full Time, nos emocionaremos ao ler só se for com você, e a jura do amor eterno. Votaremos a resolução do soneto dos namorados. Nesse dia serei tudo que quiseres. Como último desejo, quero ler ao ouvidos de todos "que vontade de um abraço" e, depois de tudo, quero simplesmente quedar ao seu lado tranquilamente.


Roberto Policiano

7 Comments:

At 6:52 PM, Anonymous Anônimo said...

Adoro eventos! Obrigada pelo convite.
Parabéns por esta centésima postagem.
Um abraço luso com votos de muita e muita repetição - sempre com a sua talentosa imaginação. É pena que no centenário do blog eu já não possa estar presente... :)

 
At 11:44 AM, Anonymous Anônimo said...

Vou comparecer nesta festa só para conhecer pessoalmente o Tio Militão.
Abraços e parabéns pelo conjunto da obra.

 
At 4:46 PM, Anonymous Anônimo said...

Parabéns Primo... agora a caminho do nº 200

éderson

 
At 5:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Cara, esse texto tá maluco. gostei.

 
At 1:34 PM, Anonymous Anônimo said...

Essa reunião foi realmente espetacular! Parabéns Roberto.
bjs

 
At 6:27 PM, Anonymous Anônimo said...

Que reunião! Deve ter dado um trabalhão medonho. Parabéns
bjs

 
At 4:38 PM, Anonymous Anônimo said...

Quero agradecer à digoeu, à Cecília, ao Éderson, ao Brutus, à Kika e à Betinha pela presença à comemoração. Se eu escrever o texto que comemorará o centenário do blog gostaria que todos estivessem presentes. Um grande abraço a cada um de vocês.
Roberto

 

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