Violão
Note o violão
Na sala vazia
Em um de seus cantos.
Já foi dedilhado
Em muitos eventos
Provocando encantos.
Seu cordel sempre
teso
Vibrou sonoro
Em muitos festejos.
Hoje está encostado
No canto esquecido
Em sublime silêncio.
Seu madeiro empenado
E suas cordas frouxas
Não retratam seu
passado.
Seu último ruído
Será quando, enfim,
Por cupins for roído.
Roberto Policiano
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