Ser-no-mundo
Eis que me apresento
diante de pessoas de todas as idades
para dizer que a vida
nada mais do que aprender
a festejar e a sofrer,
o que não é novidade.
Confesso que, vivendo,
fiz vários papeis de tolo
e, algumas vezes, de experto.
Com isso fui aprendendo
que a vida é como um jogo,
cujo desfecho é incerto.
Já elevei a minha voz
quando devia amainá-la,
e calei-me assustado
no momento de usá-la.
No entanto, para meu alento,
já disse a palavra certa
e na medida correta,
extirpando de vez um lamento.
Carrego uma mágoa comigo
que não dá para evadir:
quando eu devia ser amigo
equivoquei-me e agredi.
Porém, já emprestei os meus ombros,
já estendi os meus braços,
recuperei de escombros
e confortei em abraços.
Quando achei que era forte
e que suportaria tudo,
uma brisa, vinda do norte,
deixou-me prostrado e mudo.
Por outro lado, em minha fraqueza,
quando achei que acabaria mal,
resisti, como a uma fortaleza,
a fúria de um temporal.
Hoje, das coisas que ouço,
há palavras que me afagam
e expressões que me dói.
E, para ser franco e aberto,
algumas vezes eu acerto,
em muitas, porém, eu me engano.
Agora, finalizando, confesso:
eu não sou bandido e nem herói,
sou simplesmente humano.
diante de pessoas de todas as idades
para dizer que a vida
nada mais do que aprender
a festejar e a sofrer,
o que não é novidade.
Confesso que, vivendo,
fiz vários papeis de tolo
e, algumas vezes, de experto.
Com isso fui aprendendo
que a vida é como um jogo,
cujo desfecho é incerto.
Já elevei a minha voz
quando devia amainá-la,
e calei-me assustado
no momento de usá-la.
No entanto, para meu alento,
já disse a palavra certa
e na medida correta,
extirpando de vez um lamento.
Carrego uma mágoa comigo
que não dá para evadir:
quando eu devia ser amigo
equivoquei-me e agredi.
Porém, já emprestei os meus ombros,
já estendi os meus braços,
recuperei de escombros
e confortei em abraços.
Quando achei que era forte
e que suportaria tudo,
uma brisa, vinda do norte,
deixou-me prostrado e mudo.
Por outro lado, em minha fraqueza,
quando achei que acabaria mal,
resisti, como a uma fortaleza,
a fúria de um temporal.
Hoje, das coisas que ouço,
há palavras que me afagam
e expressões que me dói.
E, para ser franco e aberto,
algumas vezes eu acerto,
em muitas, porém, eu me engano.
Agora, finalizando, confesso:
eu não sou bandido e nem herói,
sou simplesmente humano.
Roberto Policiano
4 Comments:
E será que o ser-se humano - desumano? - desculpa tudo?
Não, Ana, não desculpa, mas ajuda a compreender. Abraço.
Tiu... achei que voce estava lendo as paginas de um dos meus diarios antigos!!!!!!!!! é simplesmente marcante, puro, sereno e ao mesmo tempo é gritante, emocionante e me fez refletir profundamente em tudo que eu ja fiz, pessoas que ja conheci e ate mesmo amigos que ja perdi... por favor continue escrevendo e nunca deixe que nada, nem ninguem te convença do contrario...se nao a humanidade tera de conviver com a perda de um grande escritor e descobridor de emoçoes!!!!!!!!
Letícia, em uma palavra - HUMANO! É isso que é! Abraços
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