Surrealismo
Caminhava tranqüilamente quando, de súbito, apareceu alguém em sua frente:
- É você quem eu espero há muito tempo.
- Como? Quem é você? De onde você veio?
- Venha, meu amor, tentamos, se for possível, recuperar o tempo em que estivemos separados.
Nisso uma limusine estacionou e, antes de qualquer reação ser esboçada, os dois já estavam confortavelmente instalados no veículo.
- Não se preocupe com nada, pois tudo já está preparado.
- Tudo o quê?
- Nosso casamento, nossa viagem de lua de mel, nosso palacete, os criados, ou, como disse, tudo!
- Você tem certeza que está falando com a pessoa certa?
- Assim como sei que é a luz do sol que ilumina esse dia! Não existe dúvida nenhuma, eu sei, eu sinto, eu tenho convicção, que você é a pessoa que eu preciso e, embora eu compreenda sua surpresa, creia-me, por favor, que a pessoa que está, neste momento, conversando com você, segurando em suas mãos que, sinto, estão trêmulas, e admirando o brilho que seus olhos irradia, é aquela que trará a você toda a felicidade do mundo.
Antes de se recuperar da surpresa a limusine estacionou em frente a um palácio. Ao sair encantou-se com a recepção. Pessoas da mais alta estirpe sorriam e estendiam suas mãos em cumprimento. A seguir os dois foram conduzidos no interior da magnífica construção, que, por mais inacreditável que lhe parecia, era recoberto de ouro. Ao olhar para o chão percebera que caminhava não sobre um tapete vermelho, mas uma passarela tecida com fios de prata.
Ao chegarem no salão principal, o casal foi ovacionado com vivas e aplausos até entrarem num recinto mais reservado onde já se encontravam os familiares mais chegados e os ministros, tanto civil como religioso, a fim de unirem aqueles dois nos laços sagrados do matrimônio. O rei e a rainha vieram até eles e, depois de se curvarem em reverência ao felizardo casal, pediram permissão para conduzi-los até o altar. Assim seguiram, ele enlaçado no braço da rainha e ela no braço do rei.
Depois do cerimonial o maestro, que viera de Viena à convite do rei exclusivamente para reger a música que selaria aquela união tão aguardada por aqueles nobres, deu o sinal a seus trezentos e cinqüenta músicos. Em questão de segundos uma música suave ecoou no magnífico salão:
TRIIIIIIIIMMMMMMMM! TRIIIIIIIIMMMMMMMM! TRIIIIIIIIMMMMMMMM!
- Clic.
- É você quem eu espero há muito tempo.
- Como? Quem é você? De onde você veio?
- Venha, meu amor, tentamos, se for possível, recuperar o tempo em que estivemos separados.
Nisso uma limusine estacionou e, antes de qualquer reação ser esboçada, os dois já estavam confortavelmente instalados no veículo.
- Não se preocupe com nada, pois tudo já está preparado.
- Tudo o quê?
- Nosso casamento, nossa viagem de lua de mel, nosso palacete, os criados, ou, como disse, tudo!
- Você tem certeza que está falando com a pessoa certa?
- Assim como sei que é a luz do sol que ilumina esse dia! Não existe dúvida nenhuma, eu sei, eu sinto, eu tenho convicção, que você é a pessoa que eu preciso e, embora eu compreenda sua surpresa, creia-me, por favor, que a pessoa que está, neste momento, conversando com você, segurando em suas mãos que, sinto, estão trêmulas, e admirando o brilho que seus olhos irradia, é aquela que trará a você toda a felicidade do mundo.
Antes de se recuperar da surpresa a limusine estacionou em frente a um palácio. Ao sair encantou-se com a recepção. Pessoas da mais alta estirpe sorriam e estendiam suas mãos em cumprimento. A seguir os dois foram conduzidos no interior da magnífica construção, que, por mais inacreditável que lhe parecia, era recoberto de ouro. Ao olhar para o chão percebera que caminhava não sobre um tapete vermelho, mas uma passarela tecida com fios de prata.
Ao chegarem no salão principal, o casal foi ovacionado com vivas e aplausos até entrarem num recinto mais reservado onde já se encontravam os familiares mais chegados e os ministros, tanto civil como religioso, a fim de unirem aqueles dois nos laços sagrados do matrimônio. O rei e a rainha vieram até eles e, depois de se curvarem em reverência ao felizardo casal, pediram permissão para conduzi-los até o altar. Assim seguiram, ele enlaçado no braço da rainha e ela no braço do rei.
Depois do cerimonial o maestro, que viera de Viena à convite do rei exclusivamente para reger a música que selaria aquela união tão aguardada por aqueles nobres, deu o sinal a seus trezentos e cinqüenta músicos. Em questão de segundos uma música suave ecoou no magnífico salão:
TRIIIIIIIIMMMMMMMM! TRIIIIIIIIMMMMMMMM! TRIIIIIIIIMMMMMMMM!
- Clic.
Roberto Policiano
4 Comments:
Estava muito bom para ser verdade! Quantas vezes eu saí de um sonho bom através do despertador. Gostei do texto.
bjs
Kika
A figura do castelo é tão maluca quando o texto.
Dá uma raiva quando acordo no meio de um sonho legal! Dá vontade de jogar o despertador pela janela. Quanto ao texto, tava na cara que ia acabar nisso!
bjs
Tathy
Fiquei triste quando descobri que só era um sonho. Por que não pode ser verdade só uma vez?
bjs
Betinha
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