Roberto Policiano

18 de dez. de 2013

Linha do tempo - I




Eu não falo por zoeira

Nem tampouco é desacato

Mas é bom que não te esqueças, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

Cinquenta e quatro, meu velho,

Cinquenta e quatro,

Mas é bom que não te esqueças, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

 

Não te faças de garoto

Nem de menininho incauto

É melhor que tu te lembres, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

Cinquenta e quatro, meu velho,

Cinquenta e quatro,

É melhor que tu te lembres, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

 

Deixes esta vida de nóia

Largues logo este barato

Não caias nesta tramóia, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

Cinquenta e quatro, meu velho,

Cinquenta e quatro,

Não caias nesta tramóia, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

 

Abandones esta manguaça

Que só te deixas de quatro

Corras já desta desgraça, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

Cinquenta e quatro, meu velho,

Cinquenta e quatro,

Corras já desta desgraça, meu velho,

Tu já tens cinquenta e quatro.

Roberto Policiano