Dormindo em pé
O despertador berra;
Um dedo mole o cala;
O sono pede espera,
Mas o tempo não para.
Levanta o moribundo
Mesmo estando dormindo,
Sob um sono profundo
Caminha quase caindo.
Esbarra no batente;
Veste calça de pelo;
Põe camisa de gola.
Penteia com pressa os dentes;
Engraxa os seus cabelos;
Quase que se degola.
Roberto Policiano
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